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sábado, 7 de janeiro de 2012
Confira nosso review do DVD Blessed, um clássico na discografia do Hillsong
Com produção de Brian Houston, Mark Zschech e Syd Polley, Blessed é o décimo primeiro álbum videográfico lançado pelo ministério da Austrália. Sob a direção de Dennis Murphy, ele foi gravado em 3 de março de 2002, novamente no Sydney Entertainment Centre, como no ano anterior.
Quando escrevi a análise do DVD "You are my world", já havia planejado que iria escrever análise dos DVDs de 2000 e 2002, que possuem a mesma qualidade e essência do álbum de 2001. Confesso a vocês que a partir de Blessed, já começo a ter ressalvas quanto aos álbuns posteriores do ministério, pois fogem do meu gosto. Mesmo assim, desde a primeira vez que ouvi o CD, tive para mim Blessed como um dos meus favoritos da Hillsong.
Diferente do DVD anterior, que teve uma abertura, de certa forma, extensa, antes de iniciar as músicas, neste nós temos de bate-pronto a música principal. Durante a introdução, vemos na tela os versículo 4 e 5 do Salmo 84: “Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente. Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados”.
Já começamos direto com o coral, cantando a primeira estrofe de Blessed, de Darlene e Reuben Morgan. Sob as cordas na base, a imagem do coral cantando é de arrepiar. A música, baseada nas cordas e nas percussões pesadas, mostra um estilo não tão comum até então, mas que se torna mais comum a partir deste álbum. A música recebeu, entre várias versões, a de Aline Barros, no disco "Som de adoradores", com o nome de "Bem-aventurado".
Continuando, temos a canção Now that you are near, de Marty Sampson, que também possui versão pela Aline Barros (Tudo é diferente), no mesmo trabalho já citado. Considero a versão do Hillsong muitíssimo melhor que a de Aline, e de todas as outras que já ouvi: Vocais impecáveis, fazendo o peso da música; percussões fortes, mas pontuais – dando o tom empolgante da canção; toques de classe dos metais, sem contar o coral, fazem dessa, na minha opinião, a melhor canção de júbilo do repertório.
As cordas e os metais fazem a frente em Shout of the King, de Ned Davies. É uma canção interessante, pois alia os metais, característico de músicas mais antigas do ministério, ao peso do estilo do Hillsong United. Adicionando a letra, que fala dos nossos louvores a Deus, em tudo o que fazemos, faz dessa música uma das mais animadas. Destaque para o coral que, mesmo nesse estilo de canção, consegue mostrar presença com qualidade; também cito a estreia de Mitch Farmer, que conduz a bateria de forma impecável, nesta e nas próximas canções.
Made me glad, de Miriam Webster, começa a linha de músicas mais lentas, de adoração, no set list. Nessa música temos mais forte o som dos teclados, e mais suaves as cordas. A música fala que o Senhor nos fez felizes, pois ele nos libertou, nos firmou numa rocha, e é o nosso escudo e força. As vozes, mais suaves, sem contar o coral, fazem dessa uma canção muito linda – uma das melhores, sem dúvida. Canção que já foi versionada várias vezes em português.
Reuben Morgan é o autor de Through it all, cantada por ele e por Darlene. Essa música tem algo diferente, sempre que eu ouço-a. Seus arranjos são esplendorosos. A suavidade da parceria cordas/teclas/percussão, sem contar as vozes, num contexto geral, a fazem uma das melhores canções – quiçá de toda a discografia que já ouvi. O momento em que todos cantam “Hallelujah” é divino! A letra fala que o Senhor, mesmo com todas as coisas, nunca nos deixa, pois ele é fiel para conosco.
A próxima, Son of God, de Marty Sampson e Lincoln Brewster não é das minhas favoritas. O ritmo, em um compasso diferente, não me atrai muito – principalmente pelo peso excessivo. As guitarras são fortes demais, para o tipo de canção que vai se cantar. O solo de Nigel Hendroff é legal, mas acho que foi usado na música errada. Num contexto geral, a letra e as vozes são bem melhores que os arranjos em geral. Creio que a música deveria ter sido colocada em outro momento da gravação, pois onde está, ela quebra o clima de adoração da gravação.
One desire, de Joel Houston, me lembra Through it all, pelos arranjos,que tem várias semelhanças. As cordas ditam a música, cantada por Darlene e Marty. Linda a letra, que fala sobre o nosso único desejo, que é o de estar ao lado do Senhor hoje e sempre. O peso da percussão, embora com ressalvas, dá um bom tom à música.
Uma das mais conhecidas, e sem dúvida, entre as cinco melhores, estão Magnificent, de Raymond Badham, cantada por Tulele Faletolu. Já não bastasse a voz de Tulele ser magnífica, a orquestra de cordas faz desta, pra mim, disparado a melhor do álbum. A junção das vozes com o coral, nos fazem cantar e chorar na presença de Deus. A letra fala do Senhor, que é magnífico, das quais ninguém pode ser comparado à ele, que é maravilhoso e glorioso para todo o sempre.
Continuamos com I adore, de Reuben Morgan, que se assemelha bastante à anterior – embora aqui seja cantada por Darlene. Continuamos com a excepcional orquestra de cordas. As vozes, mais uma vez, destacam-se na canção. O peso dado no final da música, não só pela orquestra, como também pelos metais, aliada ao aumento do tom, sem dúvida, tornam-na excelente – com direito a repetição no final.
Prepare-se para All I do. É uma canção totalmente diferente do que você já ouviu ou estava acostumado com a Hillsong. É uma canção bem animada, que tem vários toques de ritmos latinos. Os metais que o digam, fazendo a base dela. O jogo de vozes também é fenomenal. Quando vi os acordes da mesma, me espantei, pois é diferente de tudo o que já vimos até então. Junto das percussões, temos uma canção muito legal. Minha única ressalva é quanto à dança: a Hillsong desde o CD retrasado já colocava meninas a dançar; só que elas dançam muito mecanicamente, com coreografias fracas.
O estilo do Hillsong United se vê forte daqui em diante, quando começamos com With you, de Morgan. O tradicional destaque nas cordas e percussões nota-se – embora não tão forte quanto em outras canções. Acho legal a participação dos metais, mesmo que discretamente. A letra fala sobre estar com o Senhor, que é nosso refúgio, lugar seguro, em todo o tempo.
Most high, também de Morgan, cantada por ele, é mais rápida, e tão animada quanto. As cordas são mais discretas, mas não o suficiente para não serem as principais da música. Mais forte que antes, percebemos a participação dos metais. As vozes, mesmo mais uníssonas, dão o andamento ideal. A letra fala do Senhor, que é Altíssimo e digno, cujo nome será temido em toda a Terra.
Marty Sampson é o autor de King of majesty. Música título do álbum de 2001 do Hillsong United, é cantada novamente por Tulele. Cada música que ouço dele, mais me impressiono com a excepcional técnica vocal dele. Não há como não ouvir e ver a música sem sair do chão e começar a pular. O refrão é empolgante, sem dúvida: “Jesus, you are the Saviour of my soul; and forever and ever I will give my praises to you”.
Diferente do que estamos acostumados a ver, pela primeira vez uma música de adoração encerra o CD. All the heavens, de Reuben Morgan, poderia tranquilamente estar no lugar de Son of God. Acho ela muito linda, não só pelos arranjos suaves, como também pela sua excelente letra. Como diz o refrão, “Todos os céus cantam teus louvores. Lindo é o nosso Deus. O universo cantará ‘Aleluia’ a ti, nosso Rei”.
Bem, amados, esse DVD é, sem dúvida, um dos melhores, que não pode faltar em casa.
Vale a pena assistir!
E pra completar, vale a pena assistir aos extras (Special Features), com um documentário (Por trás das câmeras), um workshop dos autores, além de vídeos sobre a noite da gravação, a Hillsong Church, os pastores, entre outros.
Deus te abençoe!
Fonte jonatha cardoso
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